ROMA, 3 de dez de 2009 às 02:41
Líderes da Igreja Católica, de outras denominações cristãs e do budismo chamaram o Governo e ao Parlamento da Coréia do Sul a unir-se à corrente abolicionista da pena de morte, pois se trata de uma medida que não combate o crime e que "não considera o caráter sagrado da vida".
Os líderes religiosos assinaram em 26 de novembro uma declaração conjunta difundida pela Comunidade de São Egidio com ocasião da 8º Jornada Mundial "Cidade pela Vida, Cidade contra a Pena de morte", celebrada em 30 de novembro.
Segundo a agência Fides, o texto exorta o Governo a deixar de falar de um reatamento das execuções –que não se realizam há doze anos-, "e se comprometa mais ativamente para abolir a pena de morte", e à Assembléia Nacional, para que na atual legislatura passe "a lei especial abolicionista que já foi proposta sucessivamente nas últimas três legislaturas".
"a Coréia do Sul deve assumir um forte sentido de responsabilidade na participação a tal corrente abolicionista da comunidade internacional assim que país membro do Conselho para os Direitos humanos das Nações Unidas", assinala o texto, que recorda que a pena de morte não tem nenhum efeito sobre a prevenção do crime, tal como querem fazer-nos acreditar.
Os assinantes indicaram que embora os crimes devam ser castigados severamente, "é preciso entretanto o esforço da sociedade para acautelar os crimes, e também oferecer a possibilidade de uma expiação sincera e um despertar da própria consciência aos que se manchem com um crime violento".
Os representantes reafirmaram o caráter sagrado da vida e assinalaram que "toda vida chamada a existir sobre esta terra é sagrada. A pena de morte é para nós um ‘homicídio de estado’ que em nome da lei e a instituição priva artificialmente um ser humano de sua vida insubstituível".
A declaração foi assinada pelo Presidente da Conferência Episcopal da Coréia, Dom Peter Kang U-il, o Secretário Geral do Concílio Nacional do Iglesias da Coréia, Rev. O-Seong Kwon; pelo Budismo Ven Ji Kwan, (Presidente da ordem Jogye) e pelo Budismo Won do Rev. Seong-Taek Le (Secretário geral).