ROMA, 30 de nov de 2009 às 04:31
O Arcebispo de Mosul, Dom Basile Georges Casmoussa, denunciou que os atentados anti-cristãos ocorridos no Iraque na quinta-feira que destruíram uma igreja e afetaram seriamente um convento "demonstram que existe uma estratégia para cancelar nosso patrimônio cultural e mais de dois mil anos de história", realizada por grupos extremistas muçulmanos.
Em entrevista concedida ao L’Osservatore Romano, o Prelado assinalou que estes grupos islâmicos "querem desestabilizar o clima de confiança em nosso país. Devemos nos opor com a força e com a oração a este clima de ódio".
A estratégia destes grupos, explicou, "é clara. Apenas a situação se calma e aparece a possibilidade de que os cristãos possam retornar às suas casas em suas cidades, então o terror e a violência reaparecem mais ameaçadores. Não é a primeira vez que grupos extremistas golpeiam símbolos da comunidade cristã no Iraque. E não é a primeira vez que sacerdotes e religiosas pagam com o sangue".
Depois de recordar que em março de 2008 foi assassinado o Arcebispo Rahho, Dom Casmoussa disse que "parece que ninguém está em capacidade de garantir a segurança aos cristãos iraquianos. Em janeiro serão as eleições e existem setores extremistas que com a violência querem impor suas próprias linhas políticas".
Finalmente o Arcebispo assinalou que "o único caminho por percorrer para aplacar a violência é o diálogo. Só assim poderemos isolar estes grupos extremistas e ser um país tolerante. Agora devemos procurar estar perto da nossa pequena comunidade e dar-nos força e ânimo".