O Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, criticou a postura ideologizada daqueles que promovem o mal chamado "matrimônio" homossexual e advertiu que sua legalização trará a destruição da família.

"Vê-se claro que a união civil que já se aprovou na Cidade de Buenos Aires para as pessoas do mesmo sexo era só um primeiro degrau neste avance com o qual se quer chegar à completa adulteração da ordem familiar. Digamo-lo abertamente que o aquilo que se está procurando é a destruição da família", expressou o Prelado durante o programa televisivo Chaves para um Mundo Melhor.

O Arcebispo lamentou a decisão da juíza de Buenos Aires que autorizou o matrimônio de dois homossexuais, argumentando que os artigos do Código Civil que definem o matrimônio como a união de um homem e uma mulher são inconstitucionais.

Do mesmo modo, criticou o Chefe de Governo da Cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri, por afirmar que se deve aceitar "esta nova realidade que é a direção na qual caminha o mundo".

Dom Aguer assinalou que a defesa do matrimônio como a união de um homem e uma mulher não é discriminação, pois se está falando de uma instituição de ordem natural que não pode alterar-se "por uma decisão do direito positivo".

"O matrimônio é uma instituição, e uma instituição ao serviço da sociedade: o varão e a mulher que se casam constituem uma célula dessa sociedade que tem como fim primordial a comunicação da vida. Todas estas realidades não podem verificar-se, obviamente, no caso da união de duas pessoas homossexuais", explicou.

Nesse sentido, criticou que se queira "alterar a realidade do matrimônio e a família em função de uma ideologia", quando a convivência de duas pessoas do mesmo sexo pode "ser regulada quanto aos problemas que surjam e demais circunstâncias da relação na ordem do direito privado".

Por isso, Dom Aguer chamou as pessoas a formarem "uma reta opinião sobre o assunto, e difundir a também para que não prevaleça o coro de deputados ideologizados e grupos de pressão que tentam alterar a ordem jurídica com medidas ilegais que se opõem à Constituição Nacional e à ordem natural da sociedade".