A plataforma Profissionais pela Ética (PPE), advertiu a intenção do Governo socialista de obrigar os centros educativos a difundirem sua visão da educação sexual, que inclui a ideologia de gênero, através da nova lei do aborto.

Em seu relatório "A educação sexual que vem. O capítulo educativo no Projeto de lei Orgânica de saúde sexual e reprodutiva e da interrupção voluntária da gravidez", o PPE advertiu que existem medidas para "incorporar a formação sexual e reprodutiva ao sistema educativo" espanhol.

PPE advertiu que o texto oficialista quer promover entre os estudantes a homossexualidade e o aborto através de matérias que não seriam dadas pelo pessoal dos colégios, mas sim de "pessoal da saúde, especialmente farmacêuticos e enfermeiros mas também psicólogos, sexólogos e todos aqueles profissionais" que o Governo queira preparar.

"Desta maneira", explica Fabián Fernández del Alarcón, secretário geral da PPE, "não caberá que os centros educativos apelem a seu ideário para opor-se já que, se o fizerem, serão acusados de não colaborar com a saúde pública".

A PPE indicou que embora não se sabia como seria oferecido esse conteúdo, "o secretário geral de Saúde, José Martínez Olmos e a mesma ministra da Saúde, Trinidad Jiménez, resolveu a incógnita ao anunciar que seu departamento está elaborando uma norma legislativa que obrigará os centros educativos, sem exceções, a repartir educação sexual a todos os alunos desde a infância".

Os profissionais espanhóis denunciaram que desta maneira "o Estado se intromete de novo na intimidade dos alunos já que o exercício da sexualidade pertence ao âmbito pessoal e afeta os valores e convicções e, portanto, à liberdade ideológica e de consciência".

Advertiram que esta "oferta obrigatória de determinados conteúdos de educação sexual transgride a legislação fundamental internacional", por isso "os conteúdos de educação sexual dirigidos a menores não podem ter caráter obrigatório".

Alarcón assinalou que do contrário, "seria absolutamente ilegal e os pais, com todo direito, poderão negar que seus filhos a recebam nos centros educativos".