Ao concluir a 60° Assembléia Plenária da Conferência Episcopal Italiana (CEI) que se realizou em Assis, o Presidente deste organismo, Cardeal Angelo Bagnasco, assinalou que os fiéis católicos esperam de seus bispos "a guia segura para o Céu, como costumava dizer o Santo Cura D’Ars", São João Maria Vianney.

Na homilia da Missa de encerramento, o Cardeal recordou que aos bispos "foi dada a tarefa de custodiar integralmente o depósito da fé" por isso devem estar em guarda "contra as tentações de correr em coisas desperdiçando o que o Senhor dá como inspiração, graças, encontros, afetos". Um risco, disse, "que correm também os prelados sobre quem recaem múltiplas e graves responsabilidades".

"Nossos amados sacerdotes –continuou– devem ver em nós os bispos o exemplo que os precede para confiar-se à vontade de Deus. Devem ver homens de obediência na fé e o amor: com simplicidade, não com aquilo que afasta mas com a humildade dos pequenos e os pobres".

"Bem sabemos que ser humildes e livres de si mesmos –acrescentou– é para todos a tarefa mais árdua: livres de projetos, cálculos ou ambições".

Na homilia o Cardeal também recordou o 50° aniversário da consagração da Itália ao Coração Imaculado de Maria, "um evento que marcou a história religiosa da Igreja e o país".

Ao falar logo em conferência de imprensa sobre a polêmica falha da Corte européia de Estrasburgo que proibiu os crucifixos nas escolas da Itália, o Arcebispo assinalou que "esquecer a ética de um povo não é um bom serviço ao caminho europeu no qual acreditam profundamente, que deve ter uma alma espiritual".

O Cardeal Bagnasco também ressaltou a importância da defesa e a promoção da família, logo depois do qual sublinhou a urgência de que os católicos "possam expressar com liberdade suas convicções e valores".