A porta-voz de Direito a Viver, Gádor Joya, destacou o majoritário rechaço à nova lei do aborto segundo a pesquisadora Sigma Dos, que revela que 60 por cento dos espanhóis se opõem à nova legislação.

"Zapatero ficou sem mercado eleitoral para sua reforma. É apenas uma questão de tempo que essa desafeição se traduza em um voto de castigo", expressou Joya.

No domingo, o jornal El Mundo publicou uma pesquisa da Sigma Dos, cujos resultados comparados com um estudo publicado em maio, revela que aumentou o número de pessoas que se opõem à lei promovida pelo Governo socialista.

A plataforma pró-vida Direito a Viver indicou que enquanto na pesquisa de maio, realizada também pela Sigma Dos, 40,5 por cento se opunha à reforma, agora são 60 por cento. Do mesmo modo, antes o apoio à nova lei era de 36,7 por cento, e agora está em 35,5. Além disso, entre as mulheres o rechaço aumentou de 43,1 a 60 por cento.

Entretanto, assinalou, "a queda mais significativa se produziu entre os jovens e entre os eleitores do PSOE".

"Em maio, eram maioria, 47 por cento, os jovens que apoiavam o projeto abortista, enquanto que seis meses depois, 53 por cento o rejeita.

Entre os eleitores do PSOE, o rechaço em maio era de apenas 20 por cento, e seis meses depois, elevou-se a 34 (1 de cada 3)", indicou Direito a Viver.

Gádor Joya disse que este é o êxito "das entidades cívicas que há um ano estivemos alertando e mobilizando a sociedade sobre este projeto inconstitucional e desumano".

Afirmou que embora Zapatero procurou criar fidelidade entre seus eleitores cativos e dividir novamente a sociedade, a realidade "é que ele se topou com uma sociedade informada e consciente que não comunga com rodas de moinho, que rechaça que o aborto seja um direito e que pede que se proteja o direito a viver e o direito a ser mãe".

"Quiseram fazer uma reforma para as mulheres, e resulta que as mulheres são as que mais rechaçam (a nova Lei) porque sabemos que é uma reforma contrária a nós", expressou.