Na noite do sábado o Padre Hidalberto Henrique Guimarães, 48 anos, foi encontrado morto, dentro de sua casa, nas proximidades do Aeroclube em Maceió, na periferia da capital alagoana. Pe. Hidalberto era pároco da Matriz de Nossa Senhora das Graças, na cidade Murici.
O corpo do padre foi removido para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde foi submetido a exames e liberado para o sepultamento.

Segundo informaram fontes da Agência Estado, o arcebispo de Maceió, dom Antônio Muniz, esteve no local do crime. O corpo do padre será velado neste domingo em Murici e, hoje será levado para a capital, onde será enterrado no Cemitério de São José, no bairro do Trapiche da Barra.
Segundo as primeiras informações, havia sinais de violência e os móveis estavam revirados na casa.
De acordo com Dom Muniz, o padre celebraria uma missa na cidade de Branquinha, na noite de sábado, mas não compareceu. Um afilhado do padre, ficou preocupado e se dirigiu até a residência da vítima à procura de informações. Chegando lá, esse afilhado chamou e não foi atendido, entrou no imóvel e avistou sangue e o corpo do padre no chão da cozinha.

O arcebispo de Maceió lamentou a violência: “Estamos perplexos, não somente o clero, mas toda a sociedade alagoana”. O Padre Hidalbeto Henrique Guimarães ordenou-se sacerdote na Igreja de São José, no bairro Trapiche, em Maceió, em dezembro de 1992 e recentemente formou-se também em jornalismo.

Hoje, durante seu enterro as homenagens ao padre começaram cedo, com uma missa de corpo presente, celebrada pelo arcebispo Dom Antônio Muniz. O crime chocou, principalmente, a comunidade católica de Maceió, que já vinha pedido ações contra a violência, nas missas celebradas pelo arcebispo com a participação de comunidades dos bairros, em todas as últimas quintas-feiras dos últimos meses, informou também a imprensa local.

A Rádio Vaticano informou que este é o quarto caso de morte brutal de sacerdotes da Igreja Católica no Brasil, em 2009: em setembro, o padre italiano Ruggero Ruvolleto foi assassinado em Manaus; em junho, o Padre Gisley Azevedo Gomes, 31 anos, assessor nacional do Setor Juventude da CNBB foi assassinado em Brasília. Em março, o sacerdote espanhol Ramiro Ludeño y Amigo, 64 anos, foi assassinado a tiros no bairro de Areias, em Recife. Pe. Ramiro participava do Movimento de Apoio aos Meninos de Rua em Jaboatão dos Guararapes.