Ante o tratamento no Poder Legislativo de dois projetos para legalizar as uniões entre pessoas do mesmo sexo, o Instituto para o Matrimônio e a Família da Universidade Católica Argentina (UCA) advertiu que estas medidas implicam “redefinir o matrimônio e portanto mudar sua substância, afetando assim ao bem comum”.

O Instituto ratificou que o matrimônio “se funda no vínculo, livre, permanente e exclusivo entre um homem e uma mulher” e que “o direito humano a casar-se reconhece a todas as pessoas, mas só em relação ao matrimônio contraído entre homem e mulher, como surge explicitamente do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos”.

Depois de assinalar que o matrimônio entendido entre um homem e uma mulher “conforma um autêntico bem para a sociedade”, o Instituto esclareceu que “circunscrever o matrimônio à união entre varão e mulher, não é uma discriminação injusta”.

“Discriminar é distinguir. É injusto quando se trata de realidades iguais. Pelo contrário, é justo fazê-lo, quando se trata de realidades que são distintas. O matrimônio e as uniões entre pessoas do mesmo sexo são realidades diferentes”, indicou.

O Instituto advertiu que nesta junta “inclusive se incorpora a possibilidade de adotar crianças. Isto supõe antepor o interesse dos adultos ao interesse superior das crianças. Neste sentido, os estudos científicos demonstram a importância da presença do pai e da mãe na educação”.

“O grande desafio frente a estas propostas é ser conscientes da necessidade de uma reflexão autenticamente profunda e serena sobre o amor humano (sem apuros conjunturais nem setoriais). É desejável evitar as ideologias e propor uma cultura respeitosa da memória e valores do povo argentino”, concluiu.