MADRI, 13 de dez de 2004 às 15:04
Mais de dois mil madrilenos se reuniram neste sábado à tarde em frente ao Ministério de Sanidade e Consumo para manifestar às autoridades governamentais espanholas seu rechaço ao aborto, o apoio às mulheres grávidas e o respeito pela vida humana desde sua concepção até sua morte natural.
Sob o lema “Sei sua voz, luta por ele!”, os manifestantes responderam à convocatória lançada pela associação de estudantes e profissionais de medicina Médicos pela Vida (MpV).
Segundo porta-vozes da associação, o ato foi um sucesso “a pesar do boicote de alguns meios de imprensa, que inclusive anunciaram nos dias prévios o falso cancelamento da manifestação”.
Os manifestantes –entre os que destacavam uma grande quantidade de famílias e jovens- vozearam no transcurso do ato de duas horas de duração lemas como “Não mais mortes de inocentes”, “O mais oprimido; o bebê não nascido” e “O governo liquida o direito à vida”. Dezenas de automóveis que circulavam nas vias próximas à sede ministerial mostravam sua espontânea adesão à manifestação tocando suas buzinas.
O ato contou com o valente testemunho de duas mulheres que tinham passado pela experiência do aborto e que pediam toda a informação e apoio para sensibilizar a outras mães e evitar que aconteçam sua dramática experiência.
Para o doutor Juan Francisco Jiménez, responsável pela seção de médicos de MpV, “a participação entusiasta e majoritária de jovens, é um sinal de vitalidade social e nada pode impedir de ver que a Espanha é pela vida e não pela morte”.
Por sua vez, o líder do movimento de na Espanha, Jesus Poveda, declarou que “há um ressurgimento da sensibilidade social em defesa da vida, que está à margem de ideologias políticas”. “A luta do próvida é pela vida”, assegurou o dirigente que conduziu de maneira entusiasta e festiva o ato.
Por último, o presidente de MpV, Enrique Jaureguizar, assinalou que a manifestação foi convocada para pedir ao Governo o veto da lei do aborto e a aprovação de uma legislação que proteja as mães grávidas, de forma que a única alternativa que lhes ofereça não seja o aborto.