O Ex-ministro da Saúde, Luis Solari, rebateu os argumentos das organizações feministas que impulsionam o aborto eugênico e lamentou que estes grupos insistam às mulheres, a quem dizem defender, "a que matem os seus filhos".

Em um debate organizado pelo programa jornalístico A Semana na Televisão Nacional do Peru, Solari enfrentou a Gina Yáñez, diretora do grupo feminista Manuela Ramos, que advoga por liberalizar o aborto no país.

Solari explicou que várias organizações feministas recebem dinheiro do exterior para promover o aborto no Peru e desmentiu o argumento feminista sobre os supostos 400 mil abortos clandestinos que se praticariam por ano no país.

Solari explicou que em 1994 os que fabricaram o relatório encontraram que "no Peru haviam 54 mil abortos e multiplicaram a cifra por cinco, e no 2006 a multiplicou por sete. Apoiado em quais critérios?", questionou.

"Eu fui Ministro da Saúde, eu procurei estas cifras. Não existem em nenhuma parte do Ministério de Saúde as cifras que aparecem nesta mentira oficial", precisou.

Referindo-se logo ao aborto eugênico, Solari explicou que com este pretexto em outros países se detecta a Síndrome de Down e as mulheres se submetem a abortos legais.

Dirigindo-se a Yáñez, Solari destacou que a ativista já disse em público que introduzir o aborto por violação e má formações "é o primeiro passo para despenalizar o aborto porque isso é o que a sua organização patrocina em todos os lugares".

Depois de comentar que é inadmissível que se promova a morte de uma criança por nascer, Solari recordou a Yáñez que "sua organização recebe recursos do exterior", de países que não assinaram todas as leis que defendem o não-nascido no Peru. Ante a afirmação, e já alterada, Yáñez respondeu: "Mas isso não tem nada a ver!"

"Tem muito a ver –precisou Solari– porque se sua organização (Manuela Ramos) recebe dinheiro de países que não têm estas leis. Por que esses países promovem que aqui abortemos as pessoas? Que sigam abortando em seu país, que sigam abortando em seus países. Coisas às quais me oponho também".

"É preciso ser claro. O Peru é dos peruanos. Os direitos das mulheres contêm deveres, todos os direitos têm deveres. O direito de uma mãe inclui o dever de defender a vida de seu filho", explicou Solari.

"Eu não posso conceber que hajam mulheres (como as da organização Manuela Ramos) que insistam a outras mulheres a matarem a seus filhos", adicionou.

Para ver a entrevista completa em espanhol, ingresse em: (primeira parte) http://www.youtube.com/watch?v=12hs_N_L2-c&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=NXPs-4tLNiw&feature=related  (segunda parte)