A Junta Diretiva de Juristas Cristãos da Catalunha, insistiu ao Ministério de Saúde retificar a informação difundida sobre a pílula do dia seguinte, pois chamá-lo anticoncepcional é uma falsidade, já que em realidade sua função é impedir o implante do óvulo fecundado no útero materno.

Através de um comunicado, os advogados criticaram a atitude do Ministério de enviar aos farmacêuticos e outros profissionais uma informação indicando que o fármaco "é um método anticoncepcional de urgência e não deve empregar-se de forma habitual".

"As pílulas do dia seguinte, como eliminam um embrião vivo, são abortivas, e não anticoncepcionais. O termo abortivas é suficientemente claro como para que possa qualquer pessoa entender facilmente qual é o efeito que causam", advertiram os médicos.

No texto recordaram que "a concepção se produz precisamente com a fecundação, ao afirmar que a pílula do dia seguinte é anticoncepcional é falso, e pode induzir o público a pensar que se trata de um método anticoncepcional a mais, quando não é assim".

Nesse sentido, o comunicado recordou às autoridades sanitárias que sua obrigação é dar "uma informação veraz sobre este medicamento" e velar porque os laboratórios farmacêuticos cumpram fazendo o mesmo, "facilitando aos consumidores uma fácil e clara compreensão sobre a ação que produzirá esse produto".

"É particularmente grave e importante exigir um comportamento ético e rigoroso à indústria farmacêutica neste caso, posto que o interesse econômico que se encontra depois da comercialização destas pílulas é enorme", acrescentou.

Os médicos cristãos advertiram que a falta de rigor do Ministério sobre a pílula do dia seguinte "suporta ademais uma grave infração das normas e da legislação que regula esta matéria".