Os cristãos de diferentes confissões se reunirão no próximo dia 24 de outubro na Conferência Nacional com o objetivo de manifestar-se pacificamente contra toda forma de discriminação religiosa.

"Será um processo longo e gradual: hoje os que crêem em Cristo são vítimas de acusações injustas e levará tempo até que realmente possam gozar de iguais direitos. Mas a via por percorrer, que implica as instituições, as comunidades religiosas e a sociedade civil, é a justa e continuaremos seguindo-a", declarou o Presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, Dom Lawrence Saldanha, à agência vaticana Fides.

Indicou-se que na agenda do evento está o pedido de abolição da lei sobre a blasfêmia –usada pelos fundamentalistas para agredir as minorias religiosas-, e o direito dos estudantes de outros credos a receberem educação religiosa para o Indus, cristãos, sikh e parsi; devido a que a política nacional impõe o ensino obrigatório do árabe e a religião islâmica nas escolas.

Conforme informou Fides, a Comissão "Justiça e Paz", no seio do Episcopado paquistanês, declarou que a lei sobre a blasfêmia é "injusta e discriminatória".

Os cristãos recordaram que os artigos 20 e 22 da Constituição paquistanesa que, no espírito do "Pai da pátria, Asas Jinnah, garante igual e livre cidadania a todos os cidadãos, prescindindo do credo professado e da pertença religiosa".

No evento do 24 de outubro também participarão membros de outras confissões religiosas.