O Bispo da Sigüenza-Guadalajara, Dom José Sánchez, considera "conveniente" a manifestação convocada por 40 organizações para o próximo 17 de outubro em Madrid em defesa da vida e espera que seja entendida como "um grito" da sociedade contra a ampliação da lei do aborto.

Em uma carta dirigida aos fiéis de Guadalajara, o Prelado pede aos sacerdotes que incluam nas petições das Missas uma oração em defesa da vida e pelos não nascidos.

Para Dom Sánchez, este projeto abortista supõe uma "degradação", que considera "como um direito a morte de um ser inocente e indefeso" e permite eliminar a vida de um ser humano, concebido e ainda não nascido, "dentro de uns prazos e segundo uma série de circunstâncias, entre as quais se conta a decisão da mãe, sem mais precisões".

O Prelado sublinha que ninguém tem direito a eliminar um ser humano, nem mesmo a mãe, e que não se trata só de um assunto de moral cristã já que "o ‘não matarás’ está na entranha da natureza humana".

O Bispo recorda ademais que eliminar um ser humano não é só um pecado mas também um crime e "uma lei que o legitime e o converta em direito significa um retrocesso na civilização".

Depois de ressaltar a importância de uma boa educação sexual, Dom Sánchez expressa que o sexo deve considerar-se "não só como desfrute ou diversão, mas sim como uma faculdade humana e um dom de Deus, cujo exercício tem que ser ordenado e que tem umas conseqüências como é a concepção de um ser humano".