O arcebispo de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, assinalou que ‘o verdadeiro Santuário é Cristo’ aos fiéis que no último sábado, lotaram a missa de inauguração do Santuário dos Mártires, a primeira basílica de Natal.  

“O Santuário dos Mártires - que recorda o massacre que dizimou mais de 70 fiéis no século XVII – foi construído num terreno de mais de seis mil metros quadrados, doado pela Prefeitura de Natal há nove anos” informou Radio Vaticano em sua web em português.

Na sua homilia, Dom Matias destacou a importância do santuário para os católicos: “Um santuário tem que ser belo, sem ser um simples reflexo de suntuosidade. É preciso que seja um sinal da realidade celeste. Esse é o espaço que nos oferece a condição do diálogo com Deus, do diálogo entre o criador e a criatura”.

Em sua página web, Radio Vaticano informou que “as inúmeras tendas colocadas na área do evento não foram suficientes para abrigar todos os fiéis. O dia se encerrou com o Auto dos Mártires, às 20 horas. 80 atores contaram a história de fé, devoção e massacre vivida pelos cristãos que lutaram contra a opressão holandesa”.

Um pouco de História

Em 16 de junho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis participavam da missa dominical, na capela de Nossa Senhora das Cadeias, no Engenho Cunhaú - no município de Canguaretama, localizado na zona agreste do Rio Grande do Norte.

Por seguirem a religião católica, tiveram que pagar com a própria vida o preço da fé, por causa da intolerância calvinista dos invasores. Três meses depois, aconteceu outro martírio, onde 80 pessoas foram mortas por holandeses. Este morticínio aconteceu na comunidade Urucu, em São Gonçalo do Amarante - a 18 km de Natal, litoral do RN.

Mais informação sobre os Mártires brasileiros pode ser encontrada na página do P.I.M.E (Pontíficio Instituto Missões Exteriores), no seguinte endereço: http://www.pime.org.br/mundoemissao/igrejabrasil3.htm