Em seu programa televisivo "Chaves para um Mundo Melhor", o Arcebispo de La Prata, Dom Héctor Rubén Aguer, questionou a atitude de uma juíza da Corte Suprema da Argentina que recentemente defendeu o aborto no Parlamento e assinalou que se os magistrados tiverem perdido "o sentido do que é justo", então "aonde pode chegar um país?".

Depois de assinalar que para muitos a Espanha se tornou "o paraíso do turismo abortista" por isso outros países da Europa recorrem a ele por causa da facilidade de abortar, o Prelado precisou que "na Argentina periodicamente voltam a apresentar-se projetos chamados eufemisticamente de despenalização do aborto, ou de abortos não puníveis".

"Desgraçadamente escutamos e limos faz uns dias a opinião de uma Juíza da Corte Suprema de Justiça da Nação que afirma que o feto não é pessoa e, portanto não pode ser tutelado juridicamente até o momento de nascer, porque não é independente da mãe. Como se o bebê já se independesse da mãe quando cortam o cordão umbilical! O que está sugerindo é que o bebê que está por nascer é um objeto, um pedaço do corpo de sua mãe", advertiu.

O Prelado questionou esta afirmação da juíza quem "pronunciou estas sentenças em um encontro organizado pelas denominadas Católicas pelo Direito a Decidir (abortistas), de Córdoba, em um local do Congresso da Nação e com a presença de algum legislador".

"Católicas com o direito a decidir? –questionou–. Estranha espécie de católicas que proclamam o direito de uma mãe a assassinar a seu filho".

Dom Aguer recordou ademais que "faz algumas semanas outro membro da Corte Suprema de Justiça sugeria que podemos cultivar maconha no balcão", por isso assinalou que "cabe então uma angustiosa pergunta: aonde pode chegar um país cujos juízes perderam o sentido do que é o justo?".

"Vocês conhecem alguém que tenha sido castigado por ter abortado ou por praticar abortos? Sob esta cobertura da despenalização o que se pretende é legalizar o aborto, reconhecê-lo como um direito", afirmou.