O Papa Bento XVI comentou que embora não esteja totalmente recuperado depois da leve fratura que sofreu no pulso direito, esteve trabalhando na segunda parte sobre seu livro sobre Jesus e que poderia terminá-lo na primavera (abril-junho) de 2010.

Na conferência de imprensa com os meios de comunicação que o acompanharam no avião papal à República Tcheca, o Santo Padre contou que depois da leve fratura que sofreu, agora "a mão direita está funcionando e posso fazer o essencial: posso comer e sobre tudo, posso escrever. Meu pensamento se desenvolve sobre tudo escrevendo; assim para mim foi verdadeiramente uma pena, uma escola de paciência não poder escrever por seis semanas".

Entretanto, continuou, "pude trabalhar, ler, fazer outras coisas e fui avançando um pouco mais com o livro" sobre Jesus. "Mas tenho ainda muito por fazer. Penso que com a bibliografia e tudo o que segue, 'Deo adiuvante' (com a ajuda de Deus), poderia estar terminado na próxima primavera. Mas essa é uma esperança!

Caritas in veritate

Ao ser perguntado logo sobre o impacto de sua última encíclica Caritas in veritate sobre o desenvolvimento humano integral, Bento XVI disse: "estou muito contente por este grande debate. Era esta a idéia: incentivar e motivar um debate sobre estes problemas, não deixar avançar as coisas como estão, mas encontrar novos modelos para uma economia responsável, já seja nos países de maneira individual, ou para a totalidade da humanidade unificada".

"Parece-me realmente visível –prosseguiu– que a ética não é algo exterior à economia, que como técnica poderia funcionar por si mesma, mas sim é um princípio interior da economia, que não funciona se não tiverem em conta os valores humanos da solidariedade, as responsabilidades recíprocas e se não integrarem a ética na construção da economia mesma: é o grande desafio deste momento".

Finalmente Bento XVI manifestou sua confiança que com a encíclica tenha "contribuído a este desafio. O debate atual me parece alentador. Certamente queremos seguir respondendo aos desafios do momento e ajudar para que o sentido de responsabilidade seja mais forte que a vontade de lucrar, que a responsabilidade perante os outros seja mais forte que o egoísmo; neste sentido, queremos contribuir a uma economia humana também no futuro".