O jornal espanhol La Razón informou que o monastério beneditino de “Valle de los Caídos” sofreu o roubo da relíquia da Santa Cruz que conservava como seu tesouro mais precioso desde 1960.
 
Conforme afirmou o jornal, os fatos ocorreram dia 15 de setembro. "No dia prévio, segunda-feira, festividade da Exaltação da Santa Cruz, os monges beneditinos da basílica do Vale dos Caídos –na serra de Guadarrama– expuseram, como de costume nessa festa litúrgica, o relicário que continha uma pequena parte do lignum crucis. trata-se de uma porção do madeiro no que, segundo a tradição, foi crucificado Jesus Cristo e que o Papa João XXIII deu de presente aos monges da basílica em 1960".

Segundo fontes de La Razón, o dia da festa "guardou-se o relicário em seu estojo e se deixou na sacristia".

"Ao dia seguinte, todos os monges assistiram à missa de onze na basílica. O relicário seguia na sacristia, conforme puderam constatar. Todos os sacerdotes se tiraram a “cogula” (o hábito que usam os monges) para poder revestir-se com os ornamentos litúrgicos. ‘Quando retornamos à sacristia ao finalizar a missa, descobrimos o estojo aberto sem o relicário em seu interior. Faltava, além disso, um hábito, por isso supomos que a pessoa o usou para envolver a peça e tratar de passar despercebido’, acrescentam as fontes" ao jornal espanhol.

O jornal informou que os beneditinos estão desolados pela perda e esperam que a polícia recupere a relíquia.

La Razón recordou que "o arquiteto e arqueólogo Charles Rohault de Fleury escreveu um livro em 1870 assegurando que tinha feito um inventário de todos os lignum crucis e que, juntando-os todos, não chegavam a um terço do tamanho que deveu ter a cruz de Cristo".

"Quase aos 80 anos, em 326, Santa Elena ordenou uma escavação no monte Calvário. Encontrou três cruzes em uma pedreira sob um templo pagão. Segundo a tradição, uma doente se curou ao tocar uma das cruzes, determinando-se assim qual era a Verdadeira Cruz.", adicionou.