Vencendo as distintas ameaças e pressões que receberam e recebem os pais e alunos que se opõem ao polêmico programa disciplinar de Educação para a Cidadania (EpC), já são vários os estudantes deste grupo que puderam passar de ano e graduar-se obtendo o título de Educação Secundária Obrigatória (ISSO) na Espanha.

Profissionais pela Ética (PPE) deu a conhecer uma série de casos nos quais isto, felizmente, aconteceu em distintos lugares como Madrid, Alicante, Valladolid, Barcelona, Galicia, entre outros.

Alguns casos

A filha de Carmen, uma mãe opositora de Castilla-La Mancha, tinha recebido nota 10 em seis disciplinas, um 9 em outras 3 e um 1 no EpC e mesmo assim, ela passou que curso sem maior problema.

Em Jaén, um aluno permaneceu sem entrar em classe do EpC durante dois cursos escolares (3.º e 4.º). E obteve a Graduação e, em palavras de sua mãe, "o melhor foi ter as idéias claras desde o começo, apesar dos problemas, e, ao final, ter vencido".

Em Madrid, Pepe, aluno de 4.º ano em um colégio particular, não entrou em classe de Educação Ético-Cívica em todo o curso. Apresentou-se ao exame de junho mas o deixou em branco. Ainda assim obteve o título do curso. Nuria, outra opositora madrilenha, seguiu um processo similar; hoje é titulada sem ter entrado em classe nem haver-se apresentado ao exame em junho nem em setembro.

Na Catalunha, Eva, uma mãe opositora, conta que sua filha passou de 3.º a 4.º ano com o EpC suspenso. Este ano pensa objetar a Educação Ético-Cívica.

Na Região de Murcia resulta chamativo o ocorrido a uma aluna de um instituto público: a junta de avaliação pretendia negar-lhe o título e assim que sua família pediu o projeto curricular do centro para comprovar os critérios de titulação, o centro retificou sua inicial decisão e reconheceu que a aluna cumpria os requisitos exigidos para outorgar-lhe o título.

Para Leonor Tamayo, coordenadora da campanha de objeção ao EpC de Profissionais pela Ética, "as objeções a estas disciplinas vão prosseguir. Se antes se objetava apesar da infundada ameaça de que os alunos objetores não poderiam promover nem obter nenhuma graduação, este curso sofrerá ainda mais oposição e com razão".

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