Um grupo homossexual iniciou uma campanha de pressão contra o Ministério de Saúde (MINSA) pela decisão deste organismo de não financiar a difusão dos spots televisivos de uma campanha ideológica que confunde diversidade com o ativismo homossexual.

Há várias semanas, os ônibus de transporte público que percorrem as ruas de Lima mostram grandes pôsteres da campanha denominada "o Peru, um país diverso" que apresenta a transexuais, homossexuais e pessoas dedicadas à prostituição, com o apoio de distintas entidades. A segunda fase da campanha consiste em difundir similares spots na televisão.

Entretanto, esta semana o grupo LGTB Legal, que diz representar a lésbicas, gays, transexuais e bissexuais, convocou a uma concentração de protesta em frente à sede do MINSA para o meio-dia da sexta-feira (18/09) alegando que o Ministério censurou os spots. A convocatória só reuniu a 20 pessoas e não obteve resposta alguma do MINSA.

Na convocatória, o grupo sustenta que "a campanha ‘o Peru, um país diverso’ que impulsionamos as organizações de gays, bissexuais, trans, lésbicas e trabalhadoras sexuais pela defesa de nossos direitos, foi censurada pelo Ministério de Saúde quando os spots que fez o cineasta Felipe Degregori foram mostrados".

Segundo LGTB Legal "o MINSA considerou que estes spots são ‘muito sociais’ e que eles somente apoiarão algo que fale de enfermidades e infecções, reduzindo-nos a corpos e desconhecendo o que foi demonstrado em numerosas investigações: que a desigualdade e a vulnerabilidade social são os maiores fatores de risco para nós".

O MINSA não explicou oficialmente porque não apoiará a segunda fase da campanha, mas –como admite LGTB Legal– os questionados spots, já disponíveis em Youtube.com, não incluem tema sanitário algum.