O Diretor da Sala Stampa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, explicou que os comunicadores católicos devem em primeiro lugar "serem fiéis e cristãos. O que nos interessa é que o Evangelho de Jesus Cristo seja conhecido e compreendido através do testemunho da Igreja. Se isto não acontecer, estamos perdendo o tempo".

Em sua participação em Fátima, Portugal, na Jornada das Comunicações Sociais titulada "Oficinas de Imprensa na Igreja: luxo ou necessidade", o também Diretor da Rádio Vaticano e do Centro Televisivo Vaticano explicou que os comunicadores católicos "não são pessoas que fazem propaganda política, nem são defensores de interesses particulares ou meros profissionais do jornalismo".

O momento atual, acrescentou, abre muitas possibilidades às comunicações sociais da Igreja, que deve orientar-se "sobre tudo a um serviço ao Evangelho de Jesus Cristo".

Depois de comentar logo que existem jornalistas de todas as tendências e que não se deve partir do "pressuposto de que são insidiosos ou mal-intencionados", o Pe. Lombardi ressaltou que é importante contribuir com seu trabalho "ajudando-os a que possam avançar na direção justa: de nossa parte, devemos colaborar para que estejam em condições de oferecer uma boa informação, se é que estão dispostos a fazê-lo".

Logo depois de comentar que o magistério da Igreja é um ponto de referência crucial para os comunicadores católicos, o sacerdote jesuíta alentou a "não deixar nunca de insistir no uso de uma linguagem clara, simples e compreensível, não abstrata nem complicada nem técnica", assim como recordar que "dizer sempre a verdade é a premissa fundamental para confrontar inclusive a situação mais difícil".

O presbítero animou também a responder de maneira oportuna "às perguntas por telefone ou por e-mail" porque "quanto mais prontamente se dê a resposta ou a informação correta, melhor é". Como regra geral, acrescentou, se não podermos fazê-lo, é "melhor que sejamos nós quem orientemos a informação, dando-a primeiro, antes de permitir que se corra atrás de informação incorreta".