O Presidente da Comissão Episcopal de Comunicação Social, Dom Agustín Radrizzani, assinalou que assim como é importante que a economia não dirija a política das comunicações, também é necessário "cuidar que a política não procure interesses ideológicos nem econômicos na utilização dos meios".

O Prelado fez esta afirmação ao apresentar-se diante do Congresso da audiência pública, onde também assinalou que é de máxima importância que o debate sobre o projeto de lei de Serviços de Comunicação Áudio-visual, "se dê em um marco de racionalidade no qual se garanta uma participação plural dos cidadãos e se evite qualquer manipulação da informação para benefício de uns poucos".

O também Arcebispo de Mercedes-luján acrescentou que é "fundamental que em todo momento sejam respeitados os valores de nosso ser nacional e de nossas raízes cristãs assim como a liberdade de expressão, especialmente dos mais pobres, e do acesso à informação de todos os cidadãos".

Por isso, indicou que "é primitivo velar entre todos para respeitar o espírito em que a lei foi concebida. A participação plural e democrática deverá aparecer no tratamento e regulamentação da lei, como também em sua aplicação".

Dom Radrizzani assegurou que é desejo da Igreja o que "uma lei que pretende regular a comunicação entre os argentinos seja fruto de um acordo amplo e generoso".