O diretor para a América Latina do Population Research Institute (PRI), Carlos Pólo, questionou a nova estratégia dos promotores do aborto em Medelim, que através de grupos feministas procuram a aceitação da opinião pública para a polêmica Clínica da Mulher, apresentando-a agora como um centro para tratar o câncer.

Pólo recordou que a clínica foi promovida “como o símbolo latino-americano dos direitos reprodutivos feito realidade e especificamente seu serviço de abortos” mas “hoje ante o rechaço popular dizem que o aborto ‘é um tema absolutamente secundário por sua muita escassa freqüência’. Agora querem fazer-nos acreditar que o que mais lhes importa é o câncer de mama ou o câncer de cerviz”.

“Todos fomos testemunhas que o que levou a estes grupos feministas às ruas é a legalização do aborto, nunca o câncer”, indicou.

Do mesmo modo, recordou que a arquiteta colombiana Análida Sanín Gutiérrez, favorável ao acesso ao aborto, assinalou recentemente à imprensa que se absteve de participar do concurso entre outras coisas porque não estavam considerados consultórios de oncologia.

“Esta clínica vai melhor dizendo rumo a tornar-se o símbolo do fracasso na América Latina daqueles que promovem uma suposta ‘saúde reprodutiva da mulher’ incluindo de contrabando seu objetivo principal: os serviços de aborto pagos pelo Estado. Não é casualidade que o mesmo esteja ocorrendo com Obama nos Estados Unidos e o mesmo rechaço popular crescente quando os abortistas mostram seu verdadeiro rosto”, assinalou Pólo.

Em uma carta difundida este mês, distintos grupos feministas tentam pressionar as autoridades para seguir adiante com o projeto apesar do rechaço popular e procuram convencer os cidadãos da suposta utilidade da clínica alegando que os casos de câncer causam centenas de mortes ao ano.