O Arcebispo de Caracas e Primado da Venezuela, Cardeal Jorge Urosa Savino, desmentiu categoricamente a autoria de um "correio eletrônico falso e espúrio" que o Jornal de Caracas (DCC) assinalou como dele, e explicou que "é muito clara a finalidade dessa infâmia: desacreditar-me diante do povo venezuelano".

O mencionado correio eletrônico falsamente atribuído ao Cardeal versa sobre a nova lei de educação aprovada no período de férias e que contém algumas afirmações discriminatórias dos setores de menores lucros como "os filhos das famílias ricas estão chamados a ir às universidades para ocupar cargos de gerência e posições relevantes".

Ante estas falsas e difamatórias acusações do DCC, o Arcebispo escreveu à Dra. Ana Elisa Osorio e ao deputado Darío Viva, dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela –o partido do presidente Hugo Chávez– a quem disse que "com assombro vi a difusão que em vários meios de comunicação social e pela Internet teve a indevida atribuição à minha autoria de um correio falso e espúrio no qual, supostamente, eu teria expressado idéias classistas e excludentes. É muito clara a finalidade dessa infâmia: desacreditar-me diante do povo venezuelano".

"Rechaço absolutamente tal autoria, e os conceitos classistas e antidemocráticos que som má intenção me atribuem. E também rechaço a agressão que me faz quem inventou dito falso e infamante correio", disse o Cardeal.

O Cardeal explicou logo que ao inteirar-se desta difamação, dirigiu um desmentido ao diretor do DCC, Ernesto Villegas, "com a exigência de que fora publicado nesse mesmo órgão".

Desmentido do 2 de setembro

No texto enviado a Villegas, o Cardeal Urosa se referiu à nota publicada no Jornal de Caracas o passado 1º de setembro titulado "O engano administrativo do Cardeal".

Nessa nota, explica o Arcebispo de Caracas, "me atribui 'supostamente' um falso correio eletrônico que supostamente teria chegado a uma caixa de correio equivocada por um 'engano administrativo' meu e, logo, à mãos de dirigentes da Partido Socialista Unido da Venezuela".

"É obvio, nego absolutamente ter escrito dito correio sobre alguns aspectos da lei de educação recentemente promulgada, no qual existem frases que eu nunca uso, e conceitos que vão contra meus valores e sentimentos de serviço e afeto a todos os venezuelanos, pertencentes a qualquer classe social. antes de publicar a nota poderiam ter verificado comigo a veracidade do assunto", continuou o Cardeal.

"Minhas observações à Lei de Educação, especificamente à supressão da educação religiosa nas escolas dentro do currículo e horário escolar, estão expressas na mensagem sobre o ensino religioso escolar dirigido a todos os católicos de Caracas, publicado no último 16 de agosto no Semanário 'A Igreja Agora'", prosseguiu.

Finalmente, rejeitou a "tendenciosa atribuição de dito correio, falso difamatório e injurioso. E agradeço a você, Senhor Diretor, a publicação desta explicativa na mesma página 4 do seu Jornal".

O Cardeal Urosa também ressaltou a necessidade de tomar em conta o pronunciamento dos bispos sobre a Lei de Educação "A Educação é tarefa de todos" que pode ser consultada na Página Web do Episcopado venezuelano no seguinte endereço: http://www.cev.org.ve/noticias_det.php?id=360