O Bispo de Des Moines (Iowa, Estados Unidos), Dom Richard Pates, somou-se ao grosso grupo de bispos deste país que criticam severamente a reforma de saúde que impulsiona a administração do Presidente Obama. O Prelado assinalou que os católicos devem opor-se a este projeto porque inclui o aborto.

Em sua coluna publicada no Des Moines Register, Dom Pates indica que "a saúde está entre as necessidades humanas fundamentais, junto ao alimento e a moradia. Entretanto, de muitas formas, ela é deixada muito à sorte, ao 'sistema' de saúde que pode, ou não, atender-nos dependendo de nossa capacidade de pagamento".

Depois de reiterar que este sistema de saúde efetivamente necessita uma reforma que barateie custos e que o faça acessível a todos, especialmente aos mais necessitados, o Bispo destacou que "o respeito pela vida humana obriga à Igreja a opor-se à inclusão do aborto em qualquer lugar de tal reforma".

"A promoção e amparo da vida e dignidade humana não podem dar-se à custa das vidas das crianças não nascidas", sublinhou.

Respondendo aos críticos que consideram que um bispo não deve opinar em assuntos de política pública, o Bispo de Des Moines disse que "cuidar de outros foi um dos principais mandamentos de Jesus, e os católicos e os outros cristãos sempre estiveram envolvidos na atenção de outros".

O assunto da reforma de saúde, concluiu o Prelado tomando palavras de outro Bispo de Rockville Centre (Nova Iorque), Dom William Murphy, não é um assunto "secular" mas "uma questão fundamental referente à vida humana e a dignidade, 'um componente crítico no ministério da Igreja Católica'".