O presidente do Instituto de Política Familiar (IPF), Eduardo Hertfelder, advertiu que os incrementos de abortos nos últimos anos e os novos projetos de lei promovidos pelo Governo socialista farão que a Espanha encabece o número destas práticas na União Européia.

Em uma nota de imprensa, o IPF assinalou que a Espanha é "o país da UE 27 onde mais se incrementaram os abortos tanto quantitativamente como percentualmente" na década 1997-2007. "Se a esta situação acrescentamos que o Governo expôs um projeto de reforma da lei que vai incrementar mais ainda o número de abortos, e vai provocar que a Espanha se converta nos próximos anos no país da UE com maior número de abortos", advertiu Hertfelder.  

O presidente do IPF assinalou que enquanto na Alemanha, Itália ou outros países se reduziu o número de abortos, "Espanha teve um incremento de 126% (62.560 abortos mais) nos últimos 10 anos". Isto indica que com mais de 112 mil abortos em 2007, produz-se na Espanha "um aborto a cada 4,7 minutos".

Hertfelder também lamentou que uma de cada cinco gravidezes que se produz na Europa termine em aborto. Disse que isso e o fato que ocorram mais de 176 mil abortos anuais de adolescentes, "nos deve levar a refletir que as políticas das administrações não são as adequadas e estão fracassando".

"Os mais de 1,2 milhões de abortos que se produzem anualmente na Europa e que supõe que a cada 25 segundos um menino deixe de nascer por causa aborto, é uma das causas do inverno demográfico no qual se encontra a Europa", advertiu Hertfelder.