Ante a difusão de cifras oficiais que reportam 20 milhões de colombianos em situação de pobreza, vários bispos advogaram por soluções políticas e estratégicas que incluam sobre tudo aos camponeses.

O Secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Juan Vicente Córdoba Villota, considerou positivo que a Colômbia cresça em cifras macroeconômicas, mas pediu uma política que beneficie "não só as estruturas mas os que enchem as estruturas, as pessoas, as instituições".

Necessita-se por exemplo "uma política para que o camponês ame voltar para sua terra e o que está não queira sair dela. As pessoas querem ficar em sua terra quando têm as possibilidades dos meios de produção, créditos muito brandos, ajudas quando há dificuldades das colheitas", afirmou em declarações ao informativo de televisão Notícias Caracol.

Dom Córdoba assinalou que a provocação para o Governo "é manter sua estrutura econômica de progresso, abrir novos mercados e incentivar com bons empréstimos e ajudas aos camponeses para que possam cultivar suas terras".

Conforme informou o Departamento de Comunicação Social, o Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, pediu olhar estas cifras "com muito cuidado e com muita preocupação", explicou que não se pode recorrer a "um asistencialismo muito exagerado, porque este gera pobreza. Em troca devemos ver a maneira de oferecer muitas mais oportunidades de trabalho e desenvolvimento às pessoas e as famílias para que desde seu esforço pessoal ou familiar possam sair adiante".

O Diretor do Secretariado Nacional de Pastoral Social, Dom Héctor Fabio Henao Gaviria, destacou por sua parte a necessidade de contar com programas muito mais audazes para atender o campo, já que nas zonas rurais se encontra o maior número de pessoas em situação de empobrecimento.