O Coordenador do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá, criticou a Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização de Estados Americanos (OEA), por responder com o silêncio à carta aberta que denúncia as torturas que os detentos de consciência sofrem nos cárceres cubanos.

"Já denunciamos esta situação (das torturas) em carta pública dirigida ao Presidente da Assembléia Geral da Organização da Nações Unidas, Senhor Miguel Descoto e ao Secretário Geral da Organização de Estados Americanos, só recebendo destes o silêncio como resposta", expressou Payá.

Através de um comunicado, o coordenador do MCL referiu-se aos casos de Antonio Díaz e Rolando Jiménez, encerrados em condições desumanas na prisão de Canaletas (Ciego de Ávila), e da Guayabo (Isla de Pinos), respectivamente; por promover o Projeto Varela "que pede os direitos para os cubanos".  

"Este duelo entre os carcereiros, a Segurança do Estado e o Governo de uma parte e estes e outros prisioneiros de consciência por outra parte, é desproporcionado e abusivo, pois os primeiros têm todos os recursos do poder e aplicam a crueldade covardemente e os prisioneiros estão em desvantagem física total frente à semelhante sadismo", expressou.

O líder dissidente pediu "a Anistia Internacional, a Justiça e Paz, ao Conselho dos Direitos humanos da ONU e a todas as pessoas e instituições para que defendam com urgência, a dignidade e a vida de Antonio Díaz e Rolando Jiménez e de todos os prisioneiros de consciência que estão em cárceres de Cuba".

Afirmou que a crueldade utilizada pelo Governo comunista "parece ser o recurso da impotência e a covardia dos que têm o poder frente a homens que com imensas coragem e fé, não se dobram, porque sua causa é a defesa dos direitos dos cubanos".