O governo do estado de Orisa na Índia decidiu dissolver os campos de refugiados, que em sua maioria voltaram para seus povos. Entretanto, adverte a organização internacional Ajuda à Igreja Necessitada (AIN), os cristãos ainda não podem voltar para suas casas pelo temor ao rebrote da violência; a um ano dos violentos ataques ocorridos nesta região por mãos de fundamentalistas hindus.

Desde a Índia, o jornalista Anto Akkara assinalou à AIN que muitos dos cristãos que ainda não puderam voltar estão vivendo nos bairros baixos de Bhubaneswar, em Orissa, pelo temor de que o governo não garanta sua segurança.

Por sua parte Marie-Ange Siebrecht, perita da AIN na Índia, assinalou que "o governo está dissolvendo os campos agora, mas isto não soluciona os problemas dos refugiados, porque os cristãos não se aventuram a voltar para seus povos pelas ameaças dos fundamentalistas hindus". Além disso, os cristãos muitas vezes não têm como subsistir já que as compensações governamentais com freqüência "terminam desaparecendo".

Siebrecht também solicitou que se gerem áreas seguras para os cristãos em Orissa. AIN, explica a nota, apóia o retorno dos cristãos, através de distintos projetos de promoção e cooperação, especialmente com os jovens da região.

Deste modo esta organização também proporcionou alívio de emergência nos campos, como dez barracas-capela onde se celebra Missa; e prometeu ajuda ao Arcebispo Cheenath para reconstruir as Igrejas e outras propriedades católicas destruídas pelos extremistas hindus.

Nos ataques de agosto do ano passado contra os cristãos, foram assassinadas mais de 70 pessoas, mais de cinco mil casas e 171 Igrejas foram atacadas.