O Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Rubén Salazar Gómez, pediu que após vinte anos do ocorrido, não fique impune o assassinato do então candidato presidencial Luis Carlos Galán Sarmiento, porque "seria realmente desastroso para a justiça colombiana".

"O país tem que provar que a justiça na Colômbia é eficiente e que os crimes não ficam impunes, mais em um caso como este. Este é um crime que não pode permanecer impune à história, seria realmente desastroso para a justiça colombiana", declarou o Prelado ao Noticiário Caracol de televisão.

O Presidente da CEC disse que a justiça deve fazer todo o possível para "levar os culpados a pagarem a pena" pelo assassinato ocorrido em 18 de agosto de 1989, em Soacha, perto de Bogotá. Indicou que se tipificando este fato como um delito de lesa humanidade se evita que prescreva, então é o caminho que se deve seguir.

"Se esse for o caminho, essa seria a petição que nós faríamos, não somente em nome da família Galán, mas também de todos os colombianos, porque indubitavelmente com a morte de Galã se tratou de calar a voz mais legítima e autêntica nesse momento".

Galán Sarmiento, recordou, "amou intensamente a Colômbia, tanto que deu a vida por ela. Foi um homem valente em denunciar todo aquilo que corroia nesse momento o país e que infelizmente vinte anos depois segue corroendo a nossa pátria. Ele lutou denodadamente por uma purificação profunda de todo o país e essa deve ser uma tarefa de todos nós".