No marco da 153º Reunião da Comissão Permanente da Conferência Episcopal Argentina (CEA), o porta-voz deste organismo, P. Jorge Oesterheld, assinalou esta manhã que o Governo nacional tem feito "muito" para combater a pobreza, mas esclareceu que "não alcançou" para resolver a situação de milhões de argentinos, por isso insistiu a redobrar os esforços neste sentido.

O porta-voz explicou que os bispos tomam em conta a informação que subministra o Barômetro da Dívida Social da Universidade Católica Argentina (UCA) que localiza a projeção da pobreza "perto de 40 por cento", embora advertiu que "sejam quais sejam as cifras, é um escândalo de igual forma".

O P. Oesterheld disse ademais que a Comissão Episcopal de Pastoral Social informará esta tarde sobre "o tema da pobreza, que preocupa" aos bispos que participam da reunião da Comissão Permanente do Episcopado, que preside o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires.

O porta-voz insistiu em que "o importante" é tomar como eixo o documento "Para um Bicentenário em justiça e solidariedade (2010-2016)", de novembro do ano passado, no qual o Episcopado alentava ao diálogo para "procurar consensos sobre políticas de Estado para paliar a pobreza".

"A postura dos bispos é unânime", disse em relação à mensagem do Papa Bento XVI reclamando esforços para combater a "pobreza escandalosa" no país, que desatou um forte debate sobre esta problemática.

As sessões começaram hoje e concluirão na quinta-feira 20 de agosto pela tarde. As deliberações se abriram com um intercâmbio pastoral sobre a realidade do país, e prosseguirão com um balanço das atividades realizadas e por realizar no marco do Ano Sacerdotal, e as ações para levar adiante a Missão Continental em cada diocese.

Mais informação www.cea.org.ar