O Arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Jorge Bergoglio, pediu aos paroquianos que não tenham medo e perseverar na fé frente “a blasfêmia que é perpetrada no Centro Cultural Recoleta por causa de uma exposição plástica”.

“Há algum tempo se vêm dando na Cidade algumas expressões públicas de  burla e ofensas às pessoas de nosso Senhor Jesus Cristo e da Santíssima Virgem Maria; como deste modo diversas manifestações contra os valores religiosos e morais que professamos”, advertiu o Arcebispo.

O Cardeal lamentou que a exposição de arte blasfema “seja realizada em um Centro Cultural que se sustenta com o dinheiro que o povo cristão e pessoas de boa vontade contribuem  com seus impostos”.

“Jesus já nos tinha advertido que aconteceriam estas coisas e, com muita ternura, disse-nos que não tivéssemos medo, que somos seu pequeno rebanho, que perseverássemos na luta pela fé e na caridade, esperando nele, orando com verdadeira confiança de filhos ao Pai que nos ama”, adicionou.

Do mesmo modo, convocou um ato de reparação e pedido de perdão para o próximo dia  7 de dezembro, véspera da Solenidade da Imaculada Conceição. “Convido-os a que seja um dia de jejum e oração, um dia de penitencia no qual, como comunidade católica, peçamos ao Senhor perdoe nossos pecados e os da cidade. Que nossa Mãe de Luján nos acompanhe com seu carinho”, concluiu.

Artista anticatólico

O Cardeal Bergoglio publicou esta carta em resposta à exposição do artista plástico León Ferrari, um conhecido ateu militante que tem centenas de obra com motivos anticatólicos como Santos se queimando em uma torradeira elétrica, a Virgem Maria sobre uma frigideira ou uma imagem da Última Ceia em que Cristo e os apóstolos enfrentam a uma invasão de ratos.

Em 1997, Ferrari fundou o Clube de Ímpios, Hereges, Apóstatas, Blasfemos, Ateus, Agnósticos e Infiéis.