O Bispo de San Rafael, Dom Eduardo Taussig, recordou as raízes cristãs que forjaram a identidade argentina e advertiu que estas correm um risco por causa do laicismo, uma "gélida postura ideológica" que considera um bem excluir do âmbito público qualquer referência a Deus.

Durante o Te Deum celebrado na Catedral, o Prelado indicou que embora o laicismo seja promovido por uma pequena minoria, esta é "qualitativamente" muito daninha. Indicou que esta ideologia procura "reduzir a dimensão religiosa do homem ao âmbito de sua consciência ou, em toda caso à interioridade dos templos ou, como também se diz vulgarmente, ‘à sacristia’".

Dom Taussig explicou que o laicismo atua menosprezando ou encobrindo os ritos e cerimônias religiosas em ocasiões significativas da vida social e política, assim como com campanhas "para excluir dos edifícios públicos os signos religiosos".

Também se referiu ao laicismo educativo, "de enormes conseqüências em nossa história argentina, (…), o qual, logo do debate mais brilhante de toda a história parlamentaria argentina, com a lei 1420 significou –paradoxalmente!– ‘na prática, a sanção, em nome da liberdade de consciência, da tirania das consciências indiferentes ou dissidentes sobre a maioria da infância argentina’ e ‘procurou erroneamente desvincular a cultura repartida oficialmente de sua raiz religiosa e da tradição defendida e mantida por muitos libertadores e próceres".

Entretanto, expressou sua satisfação de celebrar o Te Deum com a participação das autoridades, que assistiram "a pesar do frio do inverno e da ameaça da gripe (…) para nutrir nossa fé, como das raízes, com a Palavra de Deus".