A Pesquisa sobre a Dívida Social Argentina feita pelo Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina, assinalou que 55 por cento dos lares argentinos "comprou menos comida o último ano" devido a "questões econômicas"; e registrou uma descida na valorização do "ato de votar como fator de mudança, confiança nos três poderes de governo e confiança nos partidos políticos".

Conforme assinalou AICA, "o percentual é significativamente maior ao do ano anterior. À sua vez, sempre segundo a sondagem de 466 casos de centros urbanos neste 2009, 39% dos pesquisados não foi ao médico ou ao dentista ao menos uma vez por problemas econômicos".

"31% das pessoas deixaram de comprar medicamentos ao menos uma vez pelo mesmo motivo, quando em 2008 a percentagem era de 14%, enquanto que o 67% se privou de fazer atividades ‘recreativas’, contra o 39% do ano anterior", adicionou.

Do mesmo modo, a agência explicou que "o relevamento consigna ademais aspectos referidos ao hábitat, a saúde e a subsistência; ao acesso a recursos públicos, ao trabalho e a autonomia econômica; as capacidades psicológicas; a vida social e o tempo livre; e a confiança política".

Nesta última perspectiva, evidenciou-se uma queda na credibilidade nos partidos políticos por parte da população; assim como um déficit da confiança no voto como fator de mudança e nos poderes de governo.

"Ao analisar estes indicadores por estrato sócio-econômico se encontra que é o estrato Médio Alto o que evidencia melhoras em seus níveis de confiança para todos os indicadores no biênio 2007-2008; mas não assim na confiança nos partidos políticos, no qual a única diminuição do déficit significativa se deu no estrato Baixo, embora ao nível geral os índices de déficit para todos os setores sociais continuam sendo superior aos 90%", indicou.