Depois do atentado contra a Catedral da Assunção em Katmandu no mês de maio, cuja autoria se adjudicou ao grupo hindu chamado Nepal Defence Army, estes extremistas ameaçaram aos sacerdotes e religiosas no Nepal para que, sob pena de morte, "deixem o país no prazo de um mês".

Assim o denunciou o Vigário Apostólico do Nepal, Dom Anthony Francis Sharma, quem precisa que a ameaça foi recebida pelo Vigário Delegado, Pe. Pius Perumana. Diante destes fatos, informa L'Osservatore Romano (LOR), a polícia pôs alguns agentes para que custodiem o centro pastoral em Godavari, onde trabalha o sacerdote.

Também os protestantes receberam algumas intimidações similares. Segundo um pastor que preferiu manter o anonimato, uma carta com ameaças chegou à igreja protestante do Katmandu, com a mesma exigência de abandonar o país em um mês.

Do mesmo modo, precisa LOR, em uma das mensagens deixadas pelos extremistas hindus se lê o seguinte: "queremos que um milhão de cristãos residentes no Nepal deixem o país, se não, plantaremos um milhão de bombas em todas suas casas".

O Pe. Perumana comenta que "os cristãos não escondem sua preocupação pelas ameaças e intimidações, mas confiam na vontade e a capacidade das nações de fazer frente aos grupos fundamentalistas".

"Estamos em alerta, mas nossas atividades e nossas missões seguem adiante. Temos fé na população e nas autoridades. Somos uma minoria querida e estimada; e os ataques não derrubam nossa esperança", acrescenta o sacerdote.