Os bispos da Coréia do Sul expressaram seu rechaço a um projeto de lei que procura despenalizar a eutanásia no país, apresentando-a como "morte com dignidade", um eufemismo que busca favorecer esta prática anti-vida nesta nação asiática.

O Presidente do Comitê de Bioética da Conferência Episcopal da Coréia do Sul e Bispo do Cheongju, Dom Gabriel Chang Bong-hun, precisou em uma recente declaração que a eutanásia que se promove é "o assassinato deliberado de uma pessoa" que se busca apresentar como algo correto; quando em realidade não o é.

Na Coréia o debate sobre a eutanásia saltou à tribuna pública quando se soube do caso de uma anciã de 77 anos em coma a quem, logo depois de tirar-lhe o respirador, manteve-se (até o fechamento desta edição) 17 dias ainda viva.

"Não nos opomos ao rechaço do paciente a permanecer ligado ao respirador, quando chega o último instante de vida e deseja respirar de maneira autônoma. Entretanto, este rechaço (do respirador) não deve ser entendido como a vontade de morrer. O retiro do apoio implica a interrupção de uma prolongação artificial da vida em um doente terminal. Mas, em qualquer caso, as curas médicas básicas não devem ser interrompidas, entre elas o alimento e a hidratação", explica o Prelado, conforme informa L'Osservatore Romano.

"A gravidade dos termos 'morte com dignidade' está em que ao conceito de morte, para desviar o verdadeiro significado do assunto, lhe acrescenta a palavra 'dignidade'. Mas isso não é mais que um eufemismo para a eutanásia".