Depois do anúncio do Presidente Álvaro Uribe de permitir a participação da senadora Piedad Córdoba e da Igreja Católica na liberação de alguns seqüestrados em mãos das FARC, o Presidente do Episcopado colombiano, Dom Rubén Salazar, pediu "que sejam liberados absolutamente todos os seqüestrados, não pouco a pouco, um após o outro e que de verdade não retenham a ninguém na selva".

Em diálogo com os jornalistas no marco da Assembléia Plenária do Episcopado, o também Arcebispo de Barranquilla assinalou que a liberação de todos os seqüestrados "seria um gesto de muito boa vontade da parte deles (as FARC) que implicaria que estão escutando o clamor do país que pede que cessem os seqüestros e liberem a todos os seqüestrados".

Segundo precisa a nota de imprensa da CEC, o Arcebispo assinalou que o anúncio do mandatário é "um passo muito importante para a liberação dos seqüestrados. A liberação dos seqüestrados é algo muito importante para o país".

Deste modo indicou que ainda não se tem informação precisa do Governo sobre o papel ou as características que teria a participação da Igreja Católica na liberação de seqüestrados, assim como as razões que motivaram esta decisão do Presidente Uribe. Por sua parte, o Secretário Geral da CEC, D. Fabián Marulanda López, precisou que se trata de um fato esperançoso que todos os seqüestrados sejam liberados.

Afirmou que a proposta governamental "é um passo adiante, abre-se uma luz de esperança. Oxalá as FARC aceitem essa proposta do Presidente e à sua vez façam todo o possível para que os seqüestrados em seu poder sejam liberados".

De outro lado o Arcebispo de Tunja e Ex-presidente da CEC, D. Luis Augusto Castro Quiroga, destacou que embora não conhece bem o anúncio, a informação conhecida até agora "parece positiva em favor dos seqüestrados" e confiou que a iniciativa prospere.