Em uma conferência de imprensa na Casa Branca, em que participaram alguns meios católicos como o jornal italiano Avvenire e a Rádio Vaticano, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconheceu a liderança do Papa Bento XVI e reiterou suas diferenças em temas de vida e família.

A poucos dias de seu anunciado encontro com o Santo Padre, o mandatário assinalou que "o Papa tem uma liderança extraordinária. Espero por isso uma colaboração duradoura quanto à luta contra a pobreza, o Meio Oriente, a mudança climática e os imigrantes".
Quanto às críticas que os Bispos dos Estados Unidos lhe têm feito em distintas ocasiões sobre a defesa da vida e a família, Obama assinalou: "defenderei sempre com força o direito dos bispos a me criticar, inclusive com tom apaixonado. Recebê-los-ia com gosto na Casa Branca para conversar de temas que nos unem e nos dividem".

Conforme indica o L'Osservatore Romano, ao ser perguntado pelo aborto, o mandatário considerou que é necessário "ajudar as jovens a tomar decisões inteligentes para evitar gravidezes não desejadas" e considerou o fato de "reforçar o acesso à adoção como alternativa ao aborto".

Obama também comentou que proximamente revisará o direito à objeção de consciência para os médicos pró-vida que se opõem ao aborto.

Por sua parte Radio Vaticano assinala que o Presidente dos Estados Unidos assegurou que "politicamente vejo o encontro com o Bento XVI como uma conversa com um chefe de Estado estrangeiro, mas tenho a consciência de que, naturalmente, ele é muito mais que isso. Entendo bem a influência que o Papa exerce, muito além dos limites da Igreja Católica. O Pontífice desfruta do máximo de meu respeito, como pessoa que tem uma grande cultura e uma grande sensibilidade".