Distintas associações católicas expressaram sua cercania e solidariedade ao Pe. Kizito Sesana, um missionário comboniano italiano que foi injustamente acusado por abusos a menores no Quênia, onde serve com uma série de projetos que ele promove há mais de 20 anos com crianças e jovens do Nairobi.

Conforme informa a revista Mondo e Missione (Mundo e Missão) publicada pelo Pontifício Istituto Missioni Esteire, o Pe. Sesana nos últimos dias foi objeto "de uma campanha difamatória nascida de um serviço emitido nas ondas da cadeia de televisão privada Kenya Television Network (KTN), que acusa o missionário de abusos a menores".

Distintas instituições católicas já expressaram seu respaldo ao sacerdote, como por exemplo a Direção Geral dos Combonianos, que em um comunicado assinado por seu Superior General, P. Teresino Serra, expressa seu "dor pelas notícias aparecidas nos meios kenianos sobre um de nossos irmãos, o P. Kizito Sesana. Expressando nossa avaliação por sua grande dedicação missionária, a direção manifesta sua cercania ao Padre Kizito nestes momentos de prova".

Do mesmo modo, os ex-alunos do Kivuli Centre, uma das iniciativas do sacerdote, declaram que "muitos de nós que passamos pelo programa de reabilitação de Kivuli queremos dizer com claridade que as acusações são infundadas e extremamente malignas".

De outro lado a Associação Koinonia de Roma, que sustenta economicamente os projetos do sacerdote, assinala que "não nos explicamos como puderam dar-se estas acusações infames e infundadas contra o Padre Kizito, cujas atividades no Quênia podem incomodar a muitos" por todo o bem que geram.

Por sua parte, os jovens da Nafsi e África Acrobats, outra das muitas iniciativas do missionário, enviaram uma nota a KTN em que precisam que se sentem "orgulhosos e motivados por seu esforço generoso" a favor dos mais necessitados e asseguram que por isso "seguiremos apoiando-o, mas ao mesmo tempo protestamos vivamente pelo modo no que esta cadeia decidiu usar certas informações como instrumento difamatório".

Ante as acusações, o Pe. Sesana precisou o seguinte: "quero dizer rápida e claramente que não tive relações sexuais com pequenos. Estou preparado para me confrontar com quem quer provar o contrário". "Não peço um trato privilegiado, a não ser somente a possibilidade de me poder defender através dos canais normais da justiça", acrescentou.