A associação Profissionais pela Ética (PPE), criticou a atitude do Governo socialista e das comunidades autônomas por não cumprir as sentenças do Tribunal Supremo sobre Educação para a Cidadania (EpC), por isso é legítimo que os pais de família sigam se opondo à esta polêmica disciplina.

"Não é lógico que o Governo nacional e os governos autonômicos exijam aos pais que não objetem o EpC enquanto eles mesmos não cumprem com sua parte das sentenças. Portanto, é perfeitamente legítimo que os pais sigam opondo-se à doutrinação escolar inclusive mediante a objeção de consciência, se assim o consideram oportuno", expressou José Luis Bazán, coordenador da Assessoria Jurídica do PPE.

PPE recordou que as sentenças do Tribunal Supremo assinalam que em uma sociedade democrática, "não deve ser a Administração educativa- nem tampouco os centros docentes, nem os concretos professores- quem se erija como árbitro das questões morais controvertidas".

Nesse sentido, Bazán advertiu que as administrações educativas não cumprem as sentenças por ação, ao recomendar "expressamente materiais didáticos claramente doutrinadores", e também por omissão, já que "os Conselhos de Educação não adotaram nenhuma medida para garantir a neutralidade educativa exigida pelo Tribunal Supremo mediante a revisão dos livros de texto e os materiais e atividades didáticas do EpC".

Ante isso, PPE animou os pais a seguirem objetando esta disciplina por atentar contra seus direitos e pelo caráter doutrinador na formação de seus filhos.