Um relatório da associação Ajuda à Igreja Necessitada (AIN) revelou que a adoração eucarística é uma das práticas religiosas de maior crescimento em Uganda, onde o Santíssimo Sacramento atrai mais leigos à oração e ajuda a fomentar as vocações à vida religiosa.

Do monastério Santa Trindade em Arua, na fronteira noroeste do país, Consolate Shirima, religiosa das Irmãs da Adoração Perpétua, explicou à AIN que nos últimos cinco anos, um número cada vez maior de leigos se somou às irmãs na adoração.

400 fiéis chegam até o monastério nos domingos para adorar o Santíssimo, e a afluência de visitantes diurnos cresceu tanto que as religiosas nomearam uma irmã para que cuide deles na capela.

Do mesmo modo, o Monastério da Santíssima Trindade já não tem mais espaço para albergar o crescente número de religiosas.

"Devido à falta de habitações temos que negar a entrada a mais noviças, por isso queremos ampliar o monastério”, explicou a religiosa.

O Monastério da Santíssima Trindade tem um tamanho excepcional na África, onde as ordens contemplativas são geralmente muito pequenas. A maioria de postulantes se une a apostolados de vida ativa.

A irmã Shirma explicou que a oração é um consolo para os ugandeses diante das dificuldades da vida em uma zona assolada pela pobreza e onde há muitos meninos órfãos por causa da AIDS.

"Em geral, na África temos as famílias numerosas com um máximo de 10 crianças, mas agora por causa das mortes pela AIDS se podem encontrar pessoas que devem encarregar-se de até 20 crianças”.

Outra religiosa, Irmã Marie Claire, das Irmãs Beneditinas do Santíssimo Sacramento, explicou que a adoração dá às pessoas a paz e as impulsiona a procurar a paz nos litígios com os amigos, parentes ou inimigos.

"São conscientes de que a Eucaristia nos reúne com toda a Igreja e dizem que isso é o que sentem quando vão diante do Santíssimo Sacramento", explicou a religiosa.