Quase dois terços dos espanhóis rechaçam um ponto da reforma da lei do aborto apresentada pelo governo, que permitiria as jovens a partir dos 16 anos interromperem voluntariamente sua gravidez sem permissão paterna, segundo uma pesquisa publicada na segunda-feira pelo jornal El País.

Conforme assinala a nota de imprensa, a pesquisa, realizada entre 27 e 28 de maio de 2009, revelou que “64 por cento dos espanhóis se opõem a que as menores possam abortar sem consentimento de um adulto”.

“Entre as mulheres, 67 por cento das pesquisadas disseram estar contra a permissão a menores de 16 e 17 anos para abortar sem que seus pais saibam”, acrescenta.

Alguns grupos pró-vida assinalam que “as adolescentes não estão preparadas para enfrentar as conseqüências físicas e psicológicas deste tipo de decisões”; enquanto que o governo de José Luis Zapatero alega que “se as jovens de 16 anos podem submeter-se a qualquer procedimento médico sem consentimento paterno, o aborto não deveria ser uma exceção”.

A reforma da lei, que deve ser passada pelo Parlamento, propõe também “o aborto livre até a semana 14 de gestação, e posteriormente segundo critério do médico”.