Os sacerdotes de Cartagena publicaram um documento no qual reiteram a importância do celibato sacerdotal e sua disposição a vivê-lo enfrentando a “conduta incoerente” de alguns presbíteros.

Os sacerdotes indicaram que a incoerência de certos presbíteros com os compromissos que assumiram na ordenação, “não quer dizer que todos seus ministros são iguais”.

Os sacerdotes lamentaram “os sinais evidentes de infidelidade ao sacerdócio, à Igreja e a Jesus Cristo” por parte de alguns seus ministros; entretanto, assinalaram como inaceitável que “injustamente se julgue a todos pela conduta de uns poucos”.

“Refutamos a opinião, freqüentemente difundida, segundo a qual o celibato sacerdotal na Igreja Católica é simplesmente uma instituição imposta pela lei a todos os que recebem o Sacramento da Ordem. Certamente não é assim. Todo cristão que recebe o Sacramento da Ordem aceita o celibato com plena consciência e liberdade, depois de uma preparação de anos, de profunda reflexão e de assídua oração”, precisaram.

Do mesmo modo, os presbíteros pediram à opinião pública “respeito pela nossa opção e compromisso”; e remarcaram que o celibato é concedido por Cristo “para o bem da Igreja e para o serviço aos outros, como exigência à qual nós estamos chamados”.

“O celibato cristão, sem deixar de reconhecer que é uma opção difícil e exigente, é resposta livre do ser humano a um dom generoso de Deus. Não é uma lei nem uma imposição; é uma opção livre motivada pela fé e o amor a Deus e à humanidade”, acrescentaram.

Finalmente, os sacerdotes valorizaram “a santidade de muitos sacerdotes que nos tempos difíceis foram sempre testemunho da Palavra de Deus. Eles compreenderam que a fidelidade é a força que os anima e que esta provém sempre da experiência de Deus. Eles vieram suportando o peso do dia e do calor, sabendo em quem puseram sua confiança”.