Oswaldo Payá, líder do Movimento Cristão Liberação (MCL), denunciou que um dos gestores do Projeto Varela, Víctor Rolando Arroio Carmona, está em greve de fome desde o 15 de maio na prisão de Pinar del Río em protesta pelas condições desumanas às que é submetido.

Em uma recente nota de imprensa, Payá precisa que Arroio Carmona "exercia o jornalismo livre e é gestor do Projeto Varela, um dos prisioneiros da Primavera de Cuba, condenado injustamente a vinte e seis anos de prisão em abril de 2003. Sua protesta se deve à falta de atenção médica, à aglomeração por meses, em um corredor com 130 presos, solicitar visita de um sacerdote e ao trato cruel e degradante ao que está submetido".

Depois de explicar que "apenas uma vez ao mês é levado a tomar sol", Payá assinala que "enquanto estava confinado na infernal prisão de Guantánamo, Víctor Rolando Arroio Carmona esteve 25 dias de greve, em protesta pelas mesmas condições desumanas de vida. Tanto nessa prisão de Guantánamo, como na de Pinar del Río, como em tantas prisões de Cuba as condições a que estão confinados os prisioneiros e o trato que recebem constituem uma verdadeira tortura".

Por essa razão, o líder do MCL faz um chamado a "toda a comunidade internacional e em especial aos cubanos a demandar a liberação do Víctor Rolando Arroio Carmona e de todos os prisioneiros de consciência que há nas prisões cubanas, defendendo assim sua liberdade e sua vida".

"Recordamos a todos os cubanos que se Víctor Rolando Arroio Carmona e todos os prisioneiros políticos pacíficos cubanos, estão injustamente na prisão em condições desumanas, é por defender pacificamente os direitos e a dignidade dos próprios cubanos", adverte Payá.