As recentes declarações do dirigente socialista e ativista homossexual Pedro Zerolo, membro do Executivo Federal do PSOE, em defesa da polêmica disciplina Educação para a Cidadania (EpC), são para Fabián Fernández do Alarcón, secretário geral de Profissionais pela Ética, um claro sinal do que busca o Governo com esta iniciativa.

Com motivo do Dia Internacional contra a homofobia e a transfobia, Zerolo reiterou que seu partido aposta por “uma educação que promova a diversidade sexual” e pediu que afastamento o boicote contra a EpC.

Segundo Fernández del Alarcón, as declarações de Pedro Zerolo refletem que a EpC não pretende ensinar Constituição e direitos humanos mas sim contribuir ao projeto de transformação social do Governo de Zapatero.

“Por isso EpC pretende normalizar a homossexualidade entre meninos e jovens da escola. Não esqueçamos que este conjunto de disciplinas se repartirá a alunos entre 10 e 17 anos e pretende, segundo o currículo oficial, aprofundar nos princípios de ética pessoal e abordar conteúdos relativos às relações humanas e à educação afetivo-emocional ajudando os alunos a construírem uma consciência moral e cívica de acordo com as sociedades plurais, complexas e mutáveis nas que vivemos”, indicou.

Conforme recorda a associação de profissionais, Zerolo se mostrou sempre um firme defensor do EpC e em seu momento manifestou que “nós queremos promover um pluralismo moral que obtenha a plena igualdade para os gays e as lésbicas. Desde esta perspectiva, a nova matéria de Educação para a Cidadania é um passo de gigante”.