A associação cidadã E-Cristians se pronunciou em contra o anteprojeto de lei que despenalizará o aborto a pedido no país e denunciou os estragos de consagrar uma norma eugênica.

Segundo o grupo, o anteprojeto é anti-constitucional porque “elimina todos os direitos outorgados ao não nascido pela legislação espanhola”, “não tem em conta que existe vida humana do momento da concepção segundo o TC, e que o feto se encontra diferenciado e protegido por nossas normas jurídicas”.

Do mesmo modo, denúncia que “das 14 às 22 semanas se mantém o sistema de indicações que deu lugar ao monumental fraude de lei que se desenvolve nas clínicas privadas e do que o caso Morín é um exemplo”.

E-Cristians considera que “a definição de saúde que pretende utilizar-se constitui um escândalo dado que se define como o ‘estado de bem-estar físico, mental e social’. Com esta definição o aborto se converte em ‘barra livre’, porque que mulher durante a gravidez não vê alterada alguma destas indicações embora seja provisoriamente? Que pessoa, homem ou mulher, pode afirmar que durante 22 semanas ininterruptas não vê alterado uma vez seu ‘bem-estar físico, mental e social’?”

Para o grupo, trata-se de “uma lei brutalmente eugênica porque permite matar sem limite do número de meses de gravidez os não nascidos com importantes má formações” e a norma está “pensada para favorecer o negócio das clínicas privadas dedicadas aos abortos”.

“É uma incongruência que às adolescentes de 16 anos, a quem não lhes permite decidirem com o voto o prefeito de sua cidade, sim possam fazê-lo para determinar o fim da vida humana. Isto obriga os pais a assumirem as conseqüências do mesmo, o trauma pós-aborto, sem terem podido participar de maneira decisiva na decisão”, adverte.