O Arcebispo de Santa Fe de la Vera Cruz (Argentina), Dom José María Arancedo, desprezou a postura de quem considera que a Igreja e a vida cristã “se opõe ao desenvolvimento ou ao progresso do homem”; e recordou que “da mesma história podemos ver a presença de cientistas, artistas e filósofos cristãos que contribuíram à cultura e ao crescimento do homem”.

O Arcebispo de Santa Fé assinalou que “a fé não se opõe nem limita a razão, pelo contrário, a fé a supõe e a necessita. A fé abre a inteligência a uma dimensão que lhe ajuda a compreender a verdade do homem em toda sua grandeza de ser humano e espiritual”.

Depois de evocar a afirmação do Jesus no Evangelho “a glória de meu Pai consiste em que vocês dêem fruto abundante”; o Prelado precisou que para a Igreja, esta sentença não se entende “em términos meramente espirituais, mas em um sentido amplo”.

“O dar ‘fruto abundante’ se refere também ao trabalho do homem quando com sua inteligência eleva a condição humana, seja através da educação, o melhoramento da saúde, o bem-estar como de todo aquilo que faz a vida digna do homem neste mundo”, indicou.

Do mesmo modo, Dom Arancedo precisou que “estes frutos, para que sejam verdadeiramente humanos, devem fazer referência ao mundo dos valores. Isto não é um limite, a não ser a garantia de um crescimento autenticamente humano”.

O Arcebispo de Santa Fé advertiu além que “quando os aparentes ‘frutos’ do homem comprometem o nível das relações humanas ou o cuidado da natureza, estes atos não são os frutos aos que se refere o Evangelho, nem são a glória de meu Pai, nos diria Jesus Cristo”.

“Saibamos compreender a riqueza e o compromisso de nossa fé, para que sejamos bons cristãos e comprometidos cidadãos deste mundo que necessita a luz e a vida do Evangelho”, concluiu.