A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), chamou os fiéis leigos a participar ativamente nas próximas eleições do 5 de julho, inclusive dentro dos partidos políticos, como parte de seus direitos e deveres no marco de uma sociedade pluralista.

Em um comunicado dado a conhecer nesta quinta-feira, os prelados indicaram que "os cristãos não podem eximir-se de participar das tarefas políticas", a qual "pode ter vários caudais entre os quais destacam os partidos políticos, as organizações da sociedade civil e quando se trata das jornadas eleitorais, o exercício do direito ao voto, a participação como funcionário de urna ou como observador eleitoral".

Do mesmo modo, recordaram a seus políticos "grande responsabilidade no fortalecimento da democracia". Além disso, chamaram-nos a dar "um sinal visível" de que representam as necessidades do povo, através da "austeridade no gasto das campanhas, pois os altos custos destas são um insulto à cidadania empobrecida de nosso país".

Nesse sentido, o texto recordou a urgência de obter que a democracia alcance o sistema econômico, pois "não se pode crescer com a fome e o desespero dos cidadãos neste momento de desemprego, carestia e baixos salários".

"Consideramos importante destacar o transcendente do processo no contexto dos desafios que tem a cultura democrática, pois não há verdadeira democracia sem a ativa participação de todos, sem justiça social, sem divisão real de poderes e sem a vigência do estado de direito", assinalaram.

Durante a apresentação do documento, o Bispo de Nuevo Laredo, Dom Gustavo Rodríguez Vera, explicou que a intenção da CEM não é criar novos "pecados sociais", mas fazer insistência em que esse tipo de atitudes danifica o país e a convivência democrática.

"Sempre é arriscado falar de pecado social, porque pode parecer que há outro novo pecado; não se trata de um novo pecado, são as responsabilidades de sempre dos cristãos e para falar de pecado teríamos que falar da consciência pessoal", indicou.

Dom Rodríguez Vera assinalou que é necessário que os mexicanos estejam bem informados antes de decidir a quem darão seu voto, mas "não só me refiro ao tema de ir votar, mas também de participar limpamente nas eleições, há toda uma ética da política que desenvolvemos em nosso texto".