O Bispo de Palencia, Dom José Ignacio Munilla, afirmou que os contínuos ataques anti-católicos, como os dirigidos ao Papa Bento XVI, se devem à unidade e à coerência da fé católica, que a tornam "imune a ser absorvida pela ditadura do relativismo dominante".

Em uma recente carta, o Prelado se referiu às críticas que o mundo secular lança contra as declarações do Papa sobre o uso do preservativo e a AIDS, assim como à aparição de livros e filmes anti-católicos como o recente "Anjos e Demônios".

"Não cabe dúvida de que estamos inundados em um ciclo cultural marcadamente anti-católico. Não se trata de um fenômeno novo, embora nos últimos anos tenha se acelerado, especialmente em alguns países como a Espanha", indicou.

Nesse sentido, disse que no caso das declarações do Pontífice, se deveu ao fato que ele teve "a ‘ousadia’ de recordar-nos o que é de sentido comum", mas as autoridades "por influxo de uma obsessão pansexualista, são incapazes de reconhecer a grande ajuda que a vivencia da castidade disposta à saúde pública".

"Produz-se o paradoxo de que em algumas matérias se pode reclamar – inclusive, exigir! - mudanças de conduta aos cidadãos, além do uso de cintos de segurança ou de filtros de nicotina; enquanto que no referente à sexualidade, não só permanecemos cegos ante o problema moral, mas também nos revolvemos violentamente contra quem põe o dedo na ferida", expressou.

Ante isso, Dom Munilla recordou as "palavras proféticas" que São Pablo dirigiu a Timóteo para que proclame o Evangelho "a tempo e a fora de tempo (…) porque virão tempos em que não se suportará a sã doutrina".

Estas palavras, afirmou o Prelado, "são uma prova viva de que as dificuldades que a Igreja se enfrenta na tarefa da evangelização não mudaram tanto".

"Se reduzíssemos nossa predicação a alguns pontos comuns de amplo e vago consenso, então, poderíamos até atingir resultados simpáticos em Hollywood! Mas isso sim, tão simpáticos como insignificantes!”, advertiu.