A Sociedade Peruana de Obstetrícia e Ginecologia (SPOG) apresentará na quarta-feira um “protocolo” de atuação para médicos que poderia dar luz verde ao aborto de bebês anencéfalos no Peru.

Embora no país o aborto só seja legal quando existe risco de vida para a mãe, o diário Gestão Médica informou que a SPOG expôs este protocolo “diante da falta de um ‘guia para o aborto legalizado’ nos hospitais do país”.

O protocolo deve orientar “aos médicos sobre como atuar quando tiverem oportunidade de enfrentar casos como de fetos condenados a morrer, devido a uma má formação congênita como por exemplo a deficiência do crânio”, quer dizer no caso de bebês com anencefalia.

A anencefalia não implica riscos para a vida da mãe e efetivamente, os bebês que nascem com esta anomalia falecem em poucas horas ou dias depois de nascer, mas não é caso de aborto legal no país, causando surpresa o anúncio da SPOG.

O presidente da SPOG, Valentín Jaimes, anunciou que o guia será  apresentado nesta quarta-feira aos integrantes da sociedade científica e posteriormente será entregue ao Ministério de Saúde para que proceda a sua distribuição a todos os hospitais do país.