O semanário “Desde a Fé” da Arquidiocese do México qualificou de “nefasto” o segundo aniversário da suspensão da pena sobre o aborto até as doze semanas de gestação, pois esta lei converteu DF em uma “cidade homicida”, com mais de 23 mil abortos praticados legalmente e 14 mães mortas, segundo o grupo “ProVida”.

Em seu editorial, “Desde a Fé” assinalou que nos últimos três anos o crime organizado acabou com a vida de dez mil pessoas, mas em dois anos o aborto legal duplicou essa cifra nos hospitais públicos. Segundo ProVida, nos dois anos que leva de despenalizado, praticaram-se em DF mais de 23 mil abortos e morreram 14 mães.

O texto advertiu que esta lei “imoral, iníqua e intrinsecamente perversa” está narcotizando “a consciência de todos os envolvidos”, mas sobre tudo está envenenando às novas gerações que começam a ver o aborto como algo normal, a pesar de significar a morte de inocentes no ventre de suas mães.

Entretanto, destacou a decisão das legislaturas de onze estados mexicanos que blindaram o direito à vida desde a concepção, “fechando assim as portas (…) e demonstrando que não se deixam chantagear por grupos intolerantes e agressivos financiados pelos mais escuros interesses internacionais que perderam o rumo da vida, que não escondem seu ódio à Igreja e sua maligna inspiração, e querem impor em toda a sociedade modelos de realização hedonistas, irresponsáveis e egoístas”.

Da Fé afirmou que a postura destes políticos é uma lição para aqueles outros grupos e partidos que parecem decididos a apoiar a destruição moral das mulheres e a desintegração da família.